Nossa História

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Ela nasceu do espírito de solidariedade humana e do sentimento fraterno de uma plêiade de amigos da terra e de gabrielenses humanísticos que marcaram sua existência com grandiosidade m suas almas. Frente a este grupo sobressaía-se a figura ímpar do Dr. Jonathas Abbott, baiano de nascimento e ardoroso gabrielense por adoção. Seguiam-lhe a ideia, os beneméritos cidadãos Francisco Rodrigues Dias Ramos, Julião Antônio Garcia, Antônio Arranca Pedras e outros, que além do apoio moral, colaboraram
com elevadas somas em dinheiro para dar início as obras.

O terreno com 13.886,60 m2 situa-se num dos mais pitorescos pontos da cidade, sendo doado por Francisco Rodrigues Dias Ramos, em 15 de abril de 1855, oportunizando o lançamento simbólico da Pedra Fundamental do Edifício que se chamou Santa Casa de Misericórdia, sob a invocação da Nossa Senhora da Conceição.

Após as dificuldades iniciais, inaugurava-se a 27 de setembro de 1862 a primeira parte do edifício, dando início as atividades hospitalares. A primeira Mesa Administrativa escolhida para dirigir esta Instituição no período de 15 de abril de 1855 a 31 de dezembro de 1856, era constituída dos seguintes nomes: Provedor Julião Antônio Garcia, Escrivão Dr. Jonathas Abbott Filho, Escrivão Interino Francisco Rodrigues Dias Ramos, Tesoureiro Emiliano Antônio Garcia e Procurador Gervásio de Carvalho Farinha.

A Santa Casa, guarda em seus registros, um lamentável episódio ocorrido em janeiro de 1894. Aconteceu durante a Revolução  Federalista de 1893, quando os ódios e vinditas campeavam por toda a parte, e o lugar mais seguro contra as investidas assassinas da época era estar incorporado às tropas Irmandade da Santa Casa de Caridade – 1921 em operação, pois nem velhos ou crianças escapavam da fúria insana dos matadores profissionais.

Nesta época a própria Santa Casa não escapou da onda dos crimes desta odienta revolução. Eram 20:00 horas da noite de 4 de janeiro de 1894,quando as enfermarias da Santa Casa foram invadidas por um grupo de guerrilheiros, sob o comando do Major Nascimento, arrancando um infeliz enfermo de sua cama e arrastando-o até o recinto da Viação Férrea, onde o degolaram, ficando como marco deste barbarismo, uma ermida, ainda existente no bairro da Riveira. O rapaz que chamava-se Ramão Rodrigues, contava apenas com 24 anos de idade e era natural da República do Uruguai. A 21 de julho de 1898, em sessão solene realizada no consistório da Igreja Matriz, o Cemitério local foi transferido da extinta Irmandade do Santíssimo Sacramento e Anjo Gabriel, para a Irmandade da Santa Casa de Caridade, que passou a conservá-lo, preservando seus valores históricos, onde alguns mausoléus despertam a atenção, pela riqueza de suas arquiteturas.

A Santa Casa em sua essência, não tem fins lucrativos, nem remunera seus dirigentes, todos representantes dos mais diversos segmentos representativos de nossa Comunidade. Destina-se a prática e a preservação da vida e da saúde, através de tratamentos ambulatoriais, assistência médica de serviços especializados ou internações hospitalares, além do tratamento gratuito aos carentes e indigentes indistintamente. Para isso, a Santa Casa conta com uma área física de 11.478 m2, com 208 leitos, uma Classe Cirúrgica, um Bloco Cirúrgico, uma Maternidade, uma Pediatria, um Centro de Tratamento Intensivo, um Complexo de Raio-X, um Centro de Nefrologia (hemodiálise), um Laboratório de Sangue e de Patologia e Ambulatório 24 Horas. Ser reconhecido em 5 anos como instituição de referência em saúde e gestão de excelência pela Acreditação.